O Presidente da República, João Lourenço, visitou neste domingo, 3 de Abril, as obras do futuro Hospital Geral do Cunene e recebeu garantias de que até Junho do próximo terminam.

O novo hospital está a ser construído numa superfície de cerca de 82.000 metros quadrados para ter uma capacidade de 200 camas.

O secretário de Estado para a Área Hospitalar, Leonardo Inocêncio, informou que a obra tem como grande valência o aumento de infra-estruturas que não existiam e o alargamento de outras como o banco de sangue. 

"Aumentou o banco de sangue, os blocos operatórios terão outras valências como cirurgias minimamente invasivas e sobretudo a questão da hemodiálise e outros serviços que não existiam e só chegavam até Huíla. Outros serviços de alta complexidade e especialidades vão começar, como otorrinolaringologia e cirurgias, que do ponto de vista de complexidade já não haverá necessidade de se ir à Namíbia”, referiu. 

De acordo com o secretário de Estado, pela primeira vez a província terá um serviço de psiquiatria dentro de um hospital e de cuidados intensivos com todos os equipamentos necessários. 

O Hospital Geral do Cunene vai ainda dispor de mais serviços, que vão mudar significativamente a vida da população, como o de reabilitação, laboratórios, central de colheitas e tantos outros. 

Leonardo Inocêncio disse que também haverá no novo hospital duas unidades de internamento polivalente, unidade de internamento obstétrico, unidade de internamento pediátrico, unidade de internamento psiquiátrico, UCI, zona de dormitórios para médicos, um bloco operatório com quatro salas de cirurgia e centro obstétrico com duas salas de cirurgia. 

O hospital vai contar igualmente com uma  área de neonatologia, hemodiálise, radiodiagnóstico (imagiologia), esterilização, urgências e farmácia. 

Com sonho de estudar análises clínicas, depois que terminar o ensino secundário, a jovem Janeth Mário, espera que o novo hospital tenha equipamentos de ponta que permitam aos cidadãos serem tratados localmente sem precisar de recorrer à Namíbia.

A estudante promete estudar para futuramente trabalhar no hospital, ajudar as famílias que mais necessitam e descobrir curas de grandes doenças. 

Audívio da Cruz, enfermeiro de 24 anos do bloco operatório do hospital provincial, disse estar ansioso para trabalhar no novo hospital com melhores condições de trabalho. 

"Nós, como enfermeiros, temos um grande ganho, porque sabemos da história do nosso antigo hospital que queimou. Estão a construir um hospital novo, isso é muito bom. É um ganho, um desenvolvimento para a província e só temos que agradecer”, frisou. 

Neste momento, estão a ser feitos trabalhos de engenharia metálica e de saneamento, por um grupo de 180 trabalhadores nacionais e estrangeiros.