Governo
15 Janeiro de 2022 | 18h01

PARCERIA COM FMI

Angola ganha credibilidade junto dos credores internacionais

O Presidente da República, João Lourenço, apontou a credibilidade junto dos credores internacionais e a disciplina orçamental como alguns dos benefícios imediatos do Programa de Financiamento Ampliado com o Fundo Monetário Internacional.

O Chefe de Estado, que falava esta sexta-feira, 14 de Janeiro, na reunião do Conselho Económico e Social, no Palácio Presidencial, realçou que, apesar do sucesso do Programa, não significa que os problemas económicos do país estejam todos resolvidos.

"Trouxemos essa informação ao Conselho Económico e Social não para dizer que os problemas económicos do país estão todos resolvidos, muito longe disso. O fim deste programa não significa isso, apesar do relativo sucesso. Aliás, os benefícios desse Programa com o Fundo Monetário Internacional só vamos senti-los daqui a alguns anos”, sublinhou.

O Titular do Poder Executivo reconhece que a economia angolana ainda não está saúdavel e apelou para continuidade dos trabalhos.

"Estamos muito longe de a economia angolana estar de saúde. Ainda não está de saúde. Portanto, vamos continuar a trabalhar no sentido de, daqui a alguns anos, podermos concluir que a economia angolana está de saúde”, disse.

Segundo João Lourenço, o mérito do Programa não é apenas do Executivo, mas também dos empresários e do povo angolano que acabou por consentir alguns sacrifícios acrescidos com as consequências da pandemia da COVID-19. "Todos nós contribuímos para chegarmos ao momento em que chegamos”, frisou.

O coordenador do Conselho Económico e Social, Ismael Martins, disse que Angola demonstrou disciplina e responsabilidade como Estado ao cumprir o programa de três anos com o FMI.

"Não é fácil fazer um programa com o Fundo Monetário Internacional. Pela nossa observação do mundo, são poucos os países que tentam fazê-lo e sobretudo quando fazem, quebram-no”, acrescentou.

Com o Programa de Financiamento Ampliado, foi possível equilibrar as contas fiscais e externas, regularizar o mercado cambial e fazer reformas importantes que levarão a retoma do crescimento económico do país baseado no sector privado.