Governo
22 Fevereiro de 2022 | 15h02

NO PALÁCIO PRESIDENCIAL

Membros da sociedade civil abordam problemas do país com Presidente da República

Quatro representantes da sociedade civil foram recebidos pelo Presidente da República, em audiência separadas, na manhã desta segunda-feira, 21 de Fevereiro, no Palácio Presidencial, em Luanda. 


A primeira personalidade recebida foi o activista e fundador do Portal Maka Angola, Rafael Marques, que disse aos jornalistas ter conversado com o Chefe de Estado sobre a reforma agrária, fundamentalmente.


"Há uma questão fundamental que, no meu ponto de vista é importante é a reforma agrária. Deve haver uma reforma agrária, porque não se pode falar em combater a fome sem haver um processo de reformas para aumentar a produção agrícola. É necessário que haja mais pessoas no campo a produzir, e para isso é necessário que tenham alguma confiança jurídica, para que não tenham dificuldades em aceder a terra e a pequenos créditos”, referiu.

 

De seguida, o Chefe de Estado recebeu Guilherme Neves, Presidente da Associação Mãos Livres, que apresentou questões relacionadas ao acesso à justiça e aos direitos humanos. 

 

"Há a necessidade de estender cada vez mais esses serviços mais próximo das comunidades. Numa altura em que o país está a se preparar para a descentralização, ela tem de ser acompanhada com questões que tem a ver com acesso à justiça, com a implantação de tribunais a nível local”, justificou. 

 

O freire Júlio Candeeiro, director geral do Instituto para a Cidadania "Mosaiko” partilhou com o Presidente da República a experiência do trabalho feito pela sua organização ligado aos direitos humanos e à acção social.

 

"Vimos trabalhando nos últimos anos com a questão da desflorestação no Leste, que ainda carece de alguma fiscalização a nível local, e a situação social de uma maneira geral, bem como a educação e também a questão das autarquias e outras. Do Presidente, recebemos garantias de que se vai trabalhar nos assuntos abordados, alguns dos quais o Executivo já trabalha neles, e foram dadas garantias de reforço e melhoria da fiscalização dos programas que estão a ser implementados”, informou.

 

Júlio Candeeiro entende que o gesto do Chefe de Estado passa a mensagem de que o país é de todos.

 

"É um gesto que merece ser continuado, um espaço privilegiado em que o Presidente concede a organizações, passando dessa forma a mensagem de que o país é de todos nós, onde todos podem dar o seu contributo para a sua construção e consolidação”, afirmou.

 

O director geral da Acção para o Desenvolvimento Rural e Ambiente (ADRA), Carlos Cambuta, também foi recebido pelo Presidente da República e no encontro aproveitou igualmente partilhar o trabalho desempenhado pela sua organização a nível do país, junto das comunidades, para ajudá-las a combater a pobreza.

 

A ADRA foi fundada em 1990, actualmente dirige 25 projectos em 242 aldeias nas províncias de Benguela, Huambo, Huíla, Malanje e Namibe.