Sociedade
24 Abril de 2021 | 14h04

MOBILIZADAS 14 EMPRESAS PARA RECOLHA DO LIXO EM LUANDA

O Ministério das Obras Públicas e Ordenamento do Território já trabalha com o Governo Provincial de Luanda na mobilização de empresas de construção com equipamentos de apoio à recolha de lixo.

O trabalho, iniciado desde quinta-feira, é coordenado pelo diretor nacional de Infra-estruturas Urbanas e resultou na mobilização de 14 empresas, das quais cinco já iniciaram a sua actividade, segundo o ministro do sector, Manuel Tavares de Almeida, na conferência de imprensa sobre a situação do lixo em Luanda, realizada este sábado, 24 de Abril, pela Comissão Multissectorial criada para o efeito.  


Das empresas identificadas, duas vão trabalhar no município de Cacuaco, outras duas no município do Kilamba Kiaxi, quatro no município de Luanda e seis no município de Viana. 


O ministro disse que há mais empresas que gostariam de participar, mas estão envolvidas em obras públicas fora de Luanda. "Este é o nosso engajamento, estamos perfeitamente disponíveis e ao lado do Governo da Província de Luanda para resolver esta contenda”. 


Quanto à solução da drenagem da cidade Luanda, Manuel Tavares de Almeida disse que esta tarefa envolve elevados custos financeiros, por acumular uma série de situações que deviam ter sido resolvidas ao longo do tempo. 


O ministro fez saber que o Plano Especial de Obras da Província de Luanda, apresentado em 2018, contempla soluções para a mobilidade e drenagem da cidade, para adequar as vias estruturantes no padrão exigido pela SADC. Em concreto, explica, a drenagem na cidade Luanda passa necessariamente por requalificar as linhas de águas naturais que levam as águas para o mar.   


Manuel Tavares de Almeida disse que actualmente essas linhas de água naturais estão completamente obstruídas e ocupadas por casas, que podem desaparecer com o projecto de requalificação do Rio Cambamba, com muitos dos canais já projectados e alguns parcialmente executados. 


"Devemos começar pela requalificação do Rio Cambamba, que são cerca de 34 quilómetros e atacar a partir da sétima esquadra até ao Benfica”, anunciou o ministro, adiantando igualmente que as bacias de retenção também constam desse programa especial de obras de Luanda. 


Tão logo se resolva a questão da macrodrenagem da cidade, garante que o governo estará em condições de entrar para a segunda etapa que abrange a microdrenagem, uma solução que dependerá da disponibilidade de recursos financeiros.