No local da homenagem, Eugénio Laborinho consolou os órfãos, a viúva e aproveitou o momento para assinar o livro de homenagem, tendo destacado as qualidades do malogrado.

Na mensagem, pode ler-se, o Ministro do Interior diz que nesta hora não há palavras que possam ser ditas que sejam capazes de confortar os nossos corações, pois, refere, tudo parece perder o sentido e ficar exíguo diante de tamanho sofrimento dos seus ente-queridos, em especial, à família e aos compatriotas de trincheira", referiu o dirigente.

A cerimónia das exéquias decorreu na sede do Interclube de Angola, com um rigoroso cumprimento das medidas de biossegurança, face à Covid-19 e contou com a presença de várias entidades e individualidades, com destaque para a Ministra da Juventude e Desportos, Ana Paula do Sacramento Neto.

Do histórico consta que "Camuloge”, aos 19 anos dava início à sua carreira no mundo do desporto na Associação dos Dínamos de Benguela, exercendo funções de chefe de departamento e técnico principal da equipa sénior masculina de basquetebol.

Três anos depois, em 1983, Camuloge, comprometido com a pátria angolana, ingressou na 4ª região das extintas FAPLA para o cumprimento do serviço militar obrigatório.

"MAN-CAMULAS", como era carinhosamente tratado, ganhou vários títulos nacionais e internacionais, entre os quais, 05 taças africanas em sénior feminino de basquetebol, 01 supertaça em sénior masculino, 09 campeonatos nacionais em sénior feminino, 09 Taças de Angola em sénior feminino, 07 supertaças de Angola em sénior feminino e 21 títulos nacionais dos escalões de formação.

Para a família Inter, Miguel António "Camuloge" não morreu, partiu, apenas, para outra dimensão, deixando eternas saudades e inconsoláveis os corações, num dia em que, festejaria mais um ano de vida.