Economia
04 Agosto de 2020 | 16h01

MINDCOM quer competitividade entre as indústrias transformadoras

Victor Fernandes trabalhou com os operadores para mostrar as medidas que estão a ser tomadas pelo Executivo, para dar resposta às suas preocupações.

O Ministério da Indústria e Comércio (MINDCOM) orientou, na manhã desta segunda-feira, 03 de Agosto, em Luanda, os operadores económicos a trabalharem no sentido de tornar as indústrias transformadoras mais competitivas, como estratégia para acelerar e harmonizar o desenvolvimento da economia do país.

Durante a reunião de trabalho presidida pelo titular do Ministério, Victor Fernandes, cujo o objectivo foi auscultar os operadores, coordenar e mostrar as medidas que estão a ser tomadas pelo Executivo, para dar resposta às suas preocupações, foram igualmente abordadas questões relaccionadas com a qualidade e o escoamento da produção nacional, o Imposto Especial de Consumo, o funcionamento e encerramento de algumas indústrias de bebidas, as importações e exportações de produtos e as Medidas de Salvaguarda (Dumping e Anti-Dumping), entre outros.

Para Victor Fernandes, é necessário que o mercado funcione e os operadores mantenham o intercâmbio entre si com encontros B2B, de modos a servir os interesses económicos. Entretanto, o empresário Carlos Cunha fez saber que, actualmente, existem 294 acordos firmados com o Executivo relaccionados, especificamente, com a importação da farinha de milho e de trigo, do açucar e também algumas medidas inerentes à indústria das bebidas.

Já fizemos várias reuniões e gostaríamos que o Executivo nos ajudasse a encontrar um meio termo que fosse capaz de ultrapassar o problema do Etanol, um elemento importante na indústria das bebidas que prevalece até hoje,” explicou.

O Secretário de Estado da Indústria, Ivan do Prado, fez saber que a medida de restrição de pré-licenciar a importação de certos produtos, como é o caso da farinha de trigo, de milho, massa alimentar e o sabão, visa facilitar o escomaneto da produção nacional.

Segundo o Secretário de Estado do Comércio, Amadeu Nunes, foi emitida uma circular pela AGT, sem o conhecimento do MINDCOM, “que deu a entender aos operadores económicos que podiam importar sem o licenciamento. Isso causou um distúrbio no sector, mas há  uma equipa a trabalhar para corrigir. Os Ministros Victor Fernandes e Vera Daves, articularam, imediatamente algumas medidas para dar  cobro a situação anómala que, infelizmente permitiu a entrada ilegal de muitos produtos”, explicou.

No final do encontro, ficou a garantia, dada pelo Ministro da Indústria e Comércio, da resolução das questões levantadas pelos empresários. “O país tem limitações. Temos umas reservas internacionais líquidas finitas, não são grandes, são menores que as que era suposto termos. As fontes de recursos externos que nos garantem a importação são cada vez menos, todos os dias,” explicou, e acresceu que é necessário defender a produção nacional como um todo, de uma maneira criteriosa, garatindo a competitividade. “Àqueles que são fortes e capazes, que podem ajudar, temos de apoiá-los, servindo como exemplo, para que os outros venham atrás” realçou.