O Executivo vai apoiar com capital de risco entre 75 a 100 projectos por província, relativos à produção animal e vegetal que garantam segurança alimentar, criação de mercado e contribuam para a redução da importação de bens essenciais de amplo consumo.

A informação foi avançada pelo ministro da Economia e Planeamento, Mário Caetano João, esta sexta-feira, 26 de Novembro, no final da 9ª reunião ordinária da Comissão Económica do Conselho de Ministros, orientada pelo Presidente da República, João Lourenço.

A Comissão Económica do Conselho de Ministros aprovou o Memorando Sobre o Plano de Implementação de Projectos Aceleradores do PRODESI (Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações), que apresenta os projectos a serem financiados em cada província, numa perspectiva de cadeia de valor, desde a produção, transformação e logística de suporte ao escoamento dos produtos.

Os projectos estão ligados à criação de gado bovino, suíno, caprino e ovino, aves e coelhos, culturas de milho, massango, massambala, e culturas de feijão, mandioca, banana, citrinos e de abacate.

No domínio da indústria transformadora, há projectos de pequenas unidades de moagem de cereais, descasque de arroz e processamento de mandioca.

A nível da distribuição e comércio, estão envolvidos entrepostos comerciais e minimercados, bem como serviços de entregas rápidas e digitais.

"O que foi feito aqui foi um trabalho de cima para baixo. Interagimos com os ministérios da Agricultura, Indústria e Comércio e também com a FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), para podermos identificar a nível provincial quais são as culturas que melhor se adequam nas mais diversas províncias”, explicou o ministro.

Além deste exercício, Mário Caetano João disse que passaram pelos 164 municípios do país e  interagiram com mais de três mil empreendedores que já estão a produzir, e avaliaram a possibilidade dos seus do projectos serem expandidos com acesso ao financiamento.

"É um exercício que trouxemos para Luanda e de acordo com os recursos do Fundo Activo de Capital de Risco Angolano (FACRA), queremos apoiar cerca de 75 a 100 projectos por província”, disse.

Dentre as várias iniciativas, Mário Caetano João destacou uma solução pensada naqueles que têm dificuldade em aceder ao mercado financeiro bancário.

"Estamos aqui a trazer uma solução para os que têm dificuldade em aceder ao mercado financeiro bancário”, disse, indicando que serão apoiados micro e pequenos projectos, com cinco a 10 milhões de kwanzas, para acederem ao capital de risco.

A Comissão Económica aprovou igualmente o Relatório de Balanço de Execução do Plano de Desenvolvimento Nacional 2018-2022 até ao III trimestre de 2021. Este documento apresenta o grau de execução de 349 indicadores e metas que visam alcançar 165 objectivos, dos 70 programas de acção constantes no PDN 2018 – 2022.

O balanço mostra que as metas do PDN para 2021 foram executadas em 61, 13 por cento, 73 indicadores registaram graus de execução acima de 100 por cento e 196 estiveram abaixo de 50 por cento. Os restantes 80 indicadores estiveram entre 50 e 100 por cento.