16 Agosto de 2020 | 11h00

Mais 27 casos positivos

Angola recupera 44 pacientes nas últimas 24 horas

Angola recuperou 44 pacientes de COVID-19 e diagnosticou 27 casos positivos nas últimas 24 horas.

Entre os novos casos positivos, três foram registados na província de Benguela, importados de Luanda, onde foram diagnosticados os restantes 24 casos nas localidades de Belas, Talatona, Maianga, Viana, Samba e Ingombota. Dez são do sexo feminino e 17 do sexo masculino, com idades que variam entre um e 66 anos. 

O quadro epidemiológico da pandemia no país apresenta 1.879 casos positivos, dos quais 628 pacientes recuperados, 86 óbitos e 1.165 pacientes em tratamento. 

De acordo com o secretário de Estado para a Saúde Pública, Franco Mufinda, na sessão de actualização dos dados da COVID-19 deste sábado, 15 de Agosto, no grupo dos pacientes em tratamento, três estão críticos e com ventilação mecânica invasiva, 25 graves, igual número em estado moderado e 1.092 assintomáticos. 

Em quarentena institucional encontram-se 851 pessoas e 62 receberam alta, sendo 20 em Luanda, 13 no Bié, oito no Cuando Cubango e Huambo, seis na Huíla, cinco em Cabinda, uma em Malanje e Benguela, respectivamente.

As autoridades sanitárias mantêm sob controlo 4.132 contactos directos e ocasionais dos casos positivos. 

Nas últimas 24 horas, o Centro Integrado de Segurança Pública (CISP) atendeu 65 chamadas, das quais uma denúncia de caso suspeito e 64 pedidos de informação sobre a COVID-19. 

As províncias da Huíla, Lunda Sul, Namibe, Moxico e Zaire colheram amostras, realizaram palestras, formação e actividades de educação e informação sobre a COVID-19 nas comunidades.

Franco Mufinda deu a conhecer que as autoridades sanitárias já realizam a quarentena e o isolamento domiciliar em todo o país, desde sábado, 15 de Agosto.

A quarentena e o isolamento domiciliar vai abranger todos aqueles que testarem positivo para SARS-CoV-2 e estiverem assintomáticos. 

"Para que seja possível é necessário haver consentimento familiar para aceitar viver com um dos seus que infelizmente foi infectado pelo SARS-CoV-2”, explicou o secretário de Estado.

A quarentena domiciliar aplica-se aos cidadãos angolanos, diplomatas e expatriados residentes em Angola. Todos deverão apresentar um teste de embarque realizado 72 horas antes da chegada ao país. Os expatriados não residentes deverão ser submetidos à quarentena institucional. 

As entidades sanitárias públicas, com o envolvimento de brigadas comunitárias de vigilância, vão acompanhar o cumprimento do quarentena e do isolamento em casa.

O secretário de Estado esclareceu que uma brigada comunitária de vigilância é composta por cidadãos residentes numa determinada comunidade, com objectivo de vigiar o cumprimento das medidas de isolamento ao domicílio dos casos assintomáticos da COVID-19. A administração municipal é responsável pelo acompanhamento das brigadas. 

Os grupos serão compostos por membros das comissões de moradores, líderes religiosos, agentes comunitários da saúde, mobilizadores sociais, organizações não governamentais e de associações. 

"As nossas tarefas já estão bem definidas, temos os guiões que ilustram as tarefas a serem cumpridas por parte das brigadas e das autoridades sanitárias, que deverão frequentar as casas das pessoas infectadas nos três primeiros dias e fazer o seguimento da evolução do doente”, garantiu Franco Mufinda.

Ao terminar o ponto informativo diário, apelou ao uso de máscara, lavagem das mãos de forma frequente com água e sabão, observação do distanciamento físico e à não violação de cercas sanitárias, lembrabdo igualmente que a COVID-19 é um problema de responsabilidade individual e colectiva.