A revelação é da ministra das Finanças, Vera Daves, feita na conferência de imprensa sobre a situação do lixo na capital do país, realizada este sábado, 24 de Abril, em Luanda.

 Segundo a responsável, a dívida está a ser negociada com cada uma das empresas para que parte dela seja paga, uma vez que dificilmente se conseguirá liquidar de uma só vez.

Vera Daves disse que a liquidação da dívida será feita de forma combinada, através de pagamentos em dinheiro, por obrigações do tesouro e por via do crédito fiscal, estando assim isentas de impostos por um período.

A ministra explicou que a insustentabilidade financeira do anterior modelo de recolha do lixo e a falta de recursos financeiros por parte do Estado, para o manter, esteve na base da rescisão destes mesmos contratos.

Tendo reconhecido, que a gestão do processo de transição do modelo de recolha de resíduos, provocou grandes amontoados de lixo, e um eminente risco de crise de saúde pública, apelou à sensibilidade das empresas, para que no âmbito da responsabilidade social, prestem o seu apoio, neste momento desafiante, em termos de saúde pública e financeira.

"Temos consciência que as empresas não são instituições de caridade, e somos sensíveis a isso, mas também, no diálogo que temos mantido com elas, temos apelado para uma flexibilidade para que a solução final que se desenhe possa ser suportável até que esse passivo seja tratado e a recolha decorra com regularidade, sem ser neste quadro de emergência e de actuação em bloco” referiu.