Saúde
16 Outubro de 2021 | 23h10

ENTRE 2019 e 2020

Sector da Saúde reforçado com mais de 25 mil novos profissionais

No sector da Saúde, apesar da pandemia da COVID-19, entre 2019 e 2020 foram admitidos mais de 25.465 novos profissionais, o que  corresponde a 26 por cento da força de trabalho.

A informação foi prestada pelo Presidente da República, João Lourenço, ao longo do discurso sobre o Estado da Nação, proferido na sexta-feira, 15 de Outubro, na abertura do novo ano Parlamentar da IV Legislatura.

João Lourenço garantiu que "hoje mais do que nunca estamos a reforçar os cuidados primários de saúde e a aumentar o acesso da população aos médicos de família nos municípios, a equipar as unidades sanitárias com meios complementares de diagnóstico e medicamentos essenciais contra as grandes endemias, com destaque para a malária, o VIH/SIDA e a tuberculose. Estamos também a melhorar a saúde materno-infantil e nutricional”.

Com vista a assegurar uma assistência diferenciada à população, está em curso um plano ambicioso de formação de especialização médica, com 41 especialidades, das quais nove são prioritárias, tendo em conta o perfil epidemiológico do país, nomeadamente Pediatria, Ginecologia e Obstetrícia, Ortopedia, Cirurgia Geral, Medicina Interna, Medicina Intensiva, Anestesiologia e Reanimação, Saúde Pública e Medicina Geral e Familiar.

Um total de 2.620 médicos já iniciaram a sua formação especializada, e a especialidade de Medicina Geral e Familiar está a ser realizada a nível de todos os municípios do país.

Para aumentar o acesso aos serviços de saúde, desde Outubro de 2020 entraram em funcionamento várias unidades sanitárias, a destacar o Hospital Provincial da Lunda Sul, localizado em Saurimo, com uma capacidade instalada de 150 camas; a Maternidade Provincial da Lunda Sul, localizada em Saurimo, com uma capacidade instalada de 150 camas; o Banco de Urgência do Hospital Geral do Bengo, com 35 camas; o Centro Sol de Hemodiálise de Luanda, com 70 monitores para 560 pacientes; o Centro de Hemodiálise de Cabinda, com 42 monitores para 336 pacientes; os Centros de Tratamento da COVID-19 do N´Zeto, com 90 camas; o Hospital de Campanha para Tratamento da COVID-19 do Cunene; os laboratórios de Biologia Molecular da Lunda Norte, Huambo e Uíge; o Novo Depósito de Vacinas e a Fábrica de Oxigénio do Hospital Geral do Cuanza Sul.

O Chefe de Estado deu a conhecer que serão concluídos, entre 2021 e 2022, vários projectos, como a reabilitação, ampliação e apetrechamento do ex-Hospital Sanatório de Luanda, que, doravante, passa a designar-se Complexo Hospitalar Cardiopulmonar Cardeal Dom Alexandre do Nascimento, como reconhecimento pela sua acção social enquanto foi Presidente da Cáritas Internacional, assim como a conclusão do Hospital Materno-Infantil Dr. Azancot de Menezes e do Instituto Hematológico Pediátrico Dr.ª Victória Espírito Santo, do Hospital Pedro Maria Tonha "Pedalé”, a reabilitação do Hospital Central da Huíla e do hospital de queimados Neves Bendinha, bem como a reabilitação e apetrechamento do hospital municipal do Luau e a construção e apetrechamento da 1ª fase do Hospital Geral de Cabinda.

João Lourenço garantiu que até ao próximo ano, dar-se-á início às obras de construção dos hospitais gerais de Viana, Cacuaco, Ndalatando, Caxito, do Cunene e Sumbe, cada um deles com pelo menos 200 camas.

"Estão a ser mobilizados recursos financeiros de linhas de crédito, para a construção do Hospital Geral da Catumbela, do Hospital Geral do Bailundo, do Hospital Geral do Dundo, do Hospital Geral de Malange, do Hospital Geral do Uíge, igualmente com pelo menos 200 camas cada, a reabilitação e ampliação do Hospital Américo Boavida e a conclusão do Hospital Geral de Mbanza Congo”, disse.

O Presidente da República acrescentou que com esse investimento colossal em infra-estruturas de saúde a nível central e provincial, que poderá ficar concluído entre 2023/2024, a perspectiva é passar para a fase seguinte, investindo em unidades menores de proximidade, na rede de cuidados primários de saúde, no município e no bairro.   

"São infra-estruturas sanitárias, que vão contribuir bastante para a melhoria dos serviços de saúde no nosso país”, afirmou.