Uma conferência sobre a transição digital da administração pública em Angola, denominada "Governo.ao”, vai ser realizada nos dias 23 e 24 de Junho, em Luanda, com objectivo de debater ideias, disseminar e apresentar soluções e propostas para a transição digital em Angola.
"A conferência tem essa perspectiva: levar-nos a discutir como colocar em prática tudo que temos vindo a projectar. Por essa razão, é que desde logo identificamos um nome que fosse suficientemente sugestivo para aquilo que pensamos para o nosso futuro”, explicou o director de Instituto de Modernização Administrativa, Meick Afonso.
O lançamento da conferência aconteceu na manhã desta quinta-feira, 28 de Abril, no Centro Imprensa da Presidência da República (CIPRA).
O evento prevê uma participação de cerca de cinco mil expositores, dentre os quais 100 palestrantes especialistas em tecnologia e digitalização e conferencistas do sector público e privado, incluindo individualidades do Executivo, titulares de cargos de direcção e chefia dos distintos órgãos da Administração directa e indirecta do Estado, bem como estudantes e empreendedores.
O evento terá exposições de empresas nacionais e internacionais de alto nível, que demonstrarão soluções digitais para o sector público, bem como um fórum que reunirá gestores do sector público e privado e representantes da indústria das tecnologias de informação.
"O formato será de fórum e exposição, permitindo que também Angola consiga dar visibilidade às reformas que tem vindo a implementar e que os principais players do mercado possam também encontrar aí um espaço para, junto da perspectiva digital, darem uma visibilidade do que têm feito e, obviamente, realizar negócios”, disse.
Os debates vão acontecer em sessões plenárias e paralelas, estando reservadas 22 temáticas, com destaque para as questões ligadas ao governo e à economia digital.
"Não basta querer digitalizar, é preciso articular. E, para o efeito, temos que ter uma agenda comum. Esse é o principal objectivo da conferência: encontrar soluções que possam ser agregadas a uma agenda que nos permita traçar um caminho, projectos que sejam transversais, sectoriais, com impacto transversal que agreguem valores e permitam, acima de tudo, reduzir o investimento”, referiu.
Com a conferência Governo.ao, espera-se catalogar os serviços básicos necessários a nível da administração pública que devem, com urgência, entrar para esta perspectiva da transição digital, bem como criar um espaço que também dê oportunidade às startups e aos players do mercado de apresentarem soluções para a própria transição digital e ainda promover empregos.