Governo
22 Fevereiro de 2022 | 11h02

EM FIM DE MISSÃO

Embaixador garante melhorias na emissão de vistos para Portugal

O Consulado de Portugal em Angola redobrou o tempo de trabalho dos funcionários, para que os vistos sejam emitidos com maior celeridade.

 

A informação foi prestada pelo embaixador de Portugal em Angola, Pedro Pessoa e Costa, esta segunda-feira, 21 de Fevereiro, no final da encontro com o Presidente da República, João Lourenço, para apresentar os cumprimentos de despedida, com o fim da sua missão em Angola.

 

Questionado sobre as dificuldades dos angolanos na obtenção de vistos para Portugal, o embaixador disse que o Consulado tem uma actividade enorme, "quase equivalente a sete consulados em França”, trata de pedidos de vistos para outros países da União Europeia, como é o caso da Suécia, e tem verificado que grande parte dos problemas de agendamento são causados por intermediários angolanos. 

 

"Grande parte dos problemas, nomeadamente o agendamento, não tem a ver com a forma como o Consulado disponibiliza vagas, mas a utilização destas mesmas vagas por alguns intermediários, que limitam o acesso dos utentes, daqueles que querem obter os vistos. O que vos posso dizer é que, desde os últimos tempos, fruto de um grande trabalho e esforço acrescido dos funcionários do Consulado, os vistos têm vindo a ser emitidos, nomeadamente aqueles vistos que espelham bem esta relação extraordinária que existe entre Portugal e Angola, como de saúde, de estudo, e os vistos também para visitas a familiares residentes”, explicou.

 

O embaixador lembrou que os vistos de turismo estão suspensos até ao momento, mas garantiu que aqueles que reunirem toda documentação necessária para os vistos permitidos não terão grandes atrasos.

 

"Nunca nos podemos esquecer que quando falamos de vistos Schengen, os vistos de turismo, estão suspensos, não por Portugal, mas pelo espaço Schengen. Esta é a situação. Agora todo aquele que fizer o seu pedido de visto, seguindo uma tramitação normal, tiver o seu pedido de visto devidamente organizado, com as informações e documentação necessária, não há qualquer razão para grandes atrasos e não está haver grandes atrasos” garantiu.

 

O diplomata aconselhou aos angolanos a não aderirem a práticas de corrupção para verem a sua situação resolvida.

"Nós sempre dizemos, se houver intermediários, sobretudo se houver custos acrescidos ou aquilo que se diz "gasosa”, é uma fraude, é uma corrupção. Portanto, eu acho que com o desejável e futuro Acordo de Mobilidade da CPLP estes processos de vistos especiais para trabalho, educação e saúde, serão cada vez mais facilitados”, considerou. 

 

Pedro Pessoa e Costa, que esteve dois anos em funções no país, afirma deixar Angola com saudades, mas com a sensação de ter feito tudo aquilo de devia ter feito para o reforço das relações entre os dois países, mesmo em tempo de pandemia.

 

"É uma relação que toca todos os sectores e por isso mesmo também uma relação muito exigente. Mas é um sinal de que a nossa relação estará sempre ao alcance daquilo que ambos os povos quiserem”, disse.