Governo
27 Novembro de 2021 | 11h11

CONFERÊNCIA “EDUCAR PARA A CIDADANIA”

Primeira-Dama da República defende criação de políticas de educação inclusivas

A Primeira-Dama da República, Ana Dias Lourenço, defendeu a importância de se criar políticas de educação inclusiva para todas as crianças e jovens com necessidades educativas especiais.

Ana Dias Lourenço falava esta sexta-feira, 26 de Novembro, na segunda conferência do ciclo "Educar Para a Cidadania” que a bordou o tema "Por uma escola inclusiva: intervenção ao nível da dislexia, da sobredotação e do autismo”.

"É nossa intenção não apenas continuar a despertar e a alertar a sociedade angolana para a importância da actuação dos assistentes sociais, dos educadores da primeira infância e dos educadores sociais na integração escolar de todas as crianças e jovens, mas igualmente reforçar, independentemente das particularidades sociocognitivas e comportamentais dos alunos, uma política de educação inclusiva, condição para uma cidadania plena”, assinalou.

Segundo Ana Dias Lourenço, este plano de inclusão requer uma aposta na formação de professores, um investimento nos recursos pedagógicos e a criação de mais programas educativos que possam responder às reais necessidades das pessoas especiais.

"Este modelo requer um planeamento cuidadoso, a formação de professores de qualidade, o suporte continuado dos alunos, recursos pedagógicos adequados as mais variadas necessidades e meios humanos tecnicamente qualificados, além de um programa educativo orientado para todos os alunos, independentemente do seu contexto de origem e das suas particularidades físicas, comportamentais, psicossociais e cognitivas”, referiu.

A Primeira-Dama da República  deixou claro que criar um ensino mais inclusivo para todos "não é um caminho fácil”, mas com o apoio e engajamento de todos, será possível a sua concretização efectiva.

"Construir uma escola inclusiva e, portanto, uma escola de cidadania não é um caminho fácil, nem contém soluções mágicas. Este projecto de sociedade que, estou certa, todos ambicionamos, porque todos o consideramos uma oportunidade de desenvolvimento social, exige de todos nós um trabalho perseverante e continuado”, alertou.

Para Ana Dias Lourenço, as crianças e jovens com necessidades especiais devem ter acesso às escolas regulares com uma pedagogia capaz de ir ao encontro das suas necessidades.

"As escolas do ensino regular constituem os meios mais capazes para combater as atitudes discriminatórias e criar comunidades abertas, solidárias e mais inclusivas. Só desta forma seremos capazes de desenvolver o potencial de cada criança num ambiente de respeito pela diferença, de solidariedade e de empatia”, sustentou.

No final da sua intervenção, a Primeira-Dama da República disse esperar que as conclusões e recomendações da conferência resultem ou contribuam para o desenvolvimento e capacitação de todos os profissionais de serviço social e educação de infância, bem como para uma maior conscientização da sociedade civil e da comunidade educativa para o alcance deste desafio, que é educar para a cidadania através uma escola inclusiva.

A conferência, realizada no formato semi-presencial, visou a partilha de ideias e de experiências de vários especialistas, com vista a ajudar os responsáveis do sector da educação na identificação de políticas e de estratégias fundamentais para promoção de uma nova escola para todos.