Economia
06 Julho de 2020 | 16h53

BNA apresenta terça-feira nova família do Kwanza

O Banco Nacional de Angola (BNA) realiza, nesta terça-feira, 7, em Luanda, uma conferência de imprensa para apresentação da nova família do Kwanza "série 2020", numa altura em que a moeda nacional já leva uma desvalorização de 16,9 e 17,2 por cento, respectivamente, face ao Dólar e Euro, desde o início do ano.

Como novidade, na série 2020, a esfinge estampada nas notas passa a contar apenas com o rosto do primeiro Presidente de Angola, António Agostinho Neto, ao contrário da actual que inclui também a do ex-chefe de Estado, José Eduardo dos Santos. Aprovadas pela Assembleia Nacional em Janeiro deste ano, as novas notas, com valor facial de 200, 500, 1.000, 2.000, 5.000 e 10.000 kwanzas, também foram ilustradas com as maravilhas naturais de Angola.

Na nota de 200 figuram as Pedras Negras de Pungo a Ndongo (Malange), na de 500 a Fenda da Tundavala (Huíla), na de 1.000 a cordilheira do Planalto Central (Huambo), na de 2.000 a Serra da Leba (Huíla), na de 5.000 as ruínas da Catedral de São Salvador do Congo (Zaire) e na de 10.000 as Grutas do Zenzo (Uige).

As novas cédulas do Kwanza serão mais seguras, com características que dificultam a sua falsificação, segundo garantias dadas pelo governador do BNA, José de Lima Massano. As notas terão substratos de polímero (plástico) que as tornarão mais resistentes e terão maior durabilidade do que as de papel, em circulação.

Com as actuais notas de papel, o Estado gasta 30 milhões de dólares americanos, para manutenção do Kwanza em circulação, de dois em dois anos. A nova série do Kwanza terá o mesmo custo, mas a sua manutenção será feita a cada quatro anos. Nesta operação de emissão de novas notas, segundo José de Lima Massano, o BNA previa gastar USD 30 milhões, igual valor utilizado para o saneamento (substituição) das notas em circulação no país.

A introdução da nova família de notas será progressiva, particularmente das que tem maior valor facial e serão apenas emitidas e colocadas em circulação quando as condições do desenvolvimento económico assim o aconselharem, esclareceu na altura.

Entretanto, José de Lima Massano explicou na altura que em média são retirados da circulação e destruídos cerca de 300 milhões de notas, anualmente, cujos custos rondam os 15 mil milhões de kwanzas, cerca de 30 milhões de dólares em cada exercício económico.

Jornal de Angola