Saúde
30 Novembro de 2021 | 21h11

ANTIGO HOSPITAL SANATÓRIO

Inaugurado complexo de doenças cardio-pulmonares

O Hospital Sanatório de Luanda, localizado no município de Kilamba Kiaxi, na província de Luanda, construído em 1972, era uma unidade hospitalar em avançado estado de degradação e com deficientes condições de trabalho e de atendimento aos utentes.

O rumo do famoso "Sanatório” vocacionado para diagnóstico e tratamento de doenças respiratórias, principalmente da tuberculose, mudou no dia 15 de Dezembro de 2017, com a visita do Presidente da República, João Lourenço, a primeira visita realizada após a sua tomada de posse.

Depois do que viu, orientou a reabilitação imediata, ampliação e apetrechamento do hospital para melhor atender os pacientes, prometendo virar a página da história do hospital.

As obras de reabilitação e expansão do Hospital Sanatório de Luanda imediatamente começaram, sob a responsabilidade de três empresas, que gerou cerca de 1.900 empregos directos em várias categorias.

Ao fim de pouco mais de dois anos, o país tem um hospital que orgulha os angolanos.

Agora denominado "Complexo Hospitalar de Doenças Cardio-Pulmonares Cardial Dom Alexandre do Nascimento”,  foi inaugurado  hoje, 30 de Novembro, pelo Presidente da República, João Lourenço, e dará a dignidade que os pacientes com doenças cardiorrespiratórias precisam.

"Gostaria de dizer que a visita que efectuei aqui a este local, na altura um edifício velho, degradado do Sanatório de Luanda, há 15 de Dezembro do ano em que comecei a exercer as funções de Presidente da República, sensivelmente três meses depois da minha investidura, foi uma visita que afinal de contas valeu a pena. Alegrou-me o facto de grande parte dos médicos, enfermeiros especialistas com quem lidamos ao longo desta manhã serem jovens, sobretudo jovens angolanos,” disse o Chefe de Estado.

O Complexo Hospitalar de Doenças Cardio-Pulmonares Cardial Dom Alexandre do Nascimento” ocupa uma área de  49.940m2, sendo 34.770m2 com infraestruturas ampliadas e 11.907m2 com infra-estruturas reabilitadas.

O hospital possui cinco torres com quatro  pisos, um corpo de ligação, um edifício de formação com laboratórios de simulações médicas, um edifico técnico, um pavilhão anexo, um edifício colonial reabilitado e modernizado, bem como arranjos externos, vias de acesso e estacionamento para 450 viaturas.

O Complexo Hospitalar de Doenças Cardio-Pulmonares Cardial Dom Alexandre de Nascimento têm 500 camas, das quais 90 com capacidade para realização de hemodiálise e vários equipamentos de diagnóstico modernos, de última geração e de alta resolução, bem como um serviço de telerarradiografia, que permite a interação com outros especialistas, incluindo do exterior do país, para um melhor diagnóstico.

Um laboratório de histocompatibilidade, o primeiro no país, também foi instalado no complexo hospitalar, que vai prestar serviços de alta complexidade nas especialidades de cirurgia cardíaca, vascular e toráxica, de cuidados intensivos, neurocirurgia, cardiologia, pneumologia, angiologia, obstetrícia, pediatria, medicina interna, endocrinologia; neurologia, nefrologia, gastrenterologia; alergologia; reumatologia; infecciologia; oftalmologia; otorrinolaringologia e de urologia.

Quanto ao quadro de pessoal, estão vinculados 2.106 profissionais, entre os quais  médicos, enfermeiros, técnicos de diagnóstico, e de apoio hospital, prevendo atingir 3.246 trabalhadores.

No acto de inauguração, a ministra da Saúde garantiu fazer deste complexo hospitalar uma unidade sanitária de referência, no país e além-fronteiras, com a instituição de um novo modelo de gestão e mobilização de outras fontes de financiamento, além do Orçamento Geral do Estado.

A intenção é criar parcerias seguras e condições para todos, independentemente do da condição social.

"Esta unidade vai seguramente ser catalisador na formação e na oferta de serviços de saúde especializados de muito alta qualidade e, ao mesmo tempo, regulador dos preços no mercado”, disse prevendo enormes ganhos com a reversão do número de pacientes com necessidades de evacuação para o exterior do país. 

"Será uma unidade de referência no seu verdadeiro sentido”, assegurou.  

O sector está também comprometido com a formação de quadros e com a investigação científica, segundo a ministra da Saúde, razão pela qual está a criar sinergia com instituições congéneres do sector público e privado, competentes e que prestam serviços de saúde de qualidade e humanizados.