Sociedade
20 Dezembro de 2021 | 10h12

AFRODESCENDENTES

Membros da família Tucker recebidos no Palácio Presidencial

Três membros da família William Tucker, descendentes dos primeiros escravos angolanos que chegaram aos  Estados Unidos de América, foram recebidos esta sexta-feira, 17 de Dezembro, pelo Presidente da República, João Lourenço, no Palácio Presidencial.

A visita a Angola dos três membros da família Tucker, nomeadamente Wanda Tucker, Carolita Cope e Vincent Tucker, acontece depois de terem mantido um encontro com o Presidente João Lourenço aquando da sua visita de trabalho a Washington DC, em Setembro deste ano.

Wanda Tucker, porta-voz do grupo, disse à saída da audiência que o encontro foi de extrema importância para eles, e que a visita ao país tem servido para adquirir conhecimentos sobre os seus antepassados.

 "Ficamos retumbantemente alegres de termos tido este encontro com o Presidente da República, a pessoa que nos endereçou o convite para a nossa família poder vir cá. E viemos cá, no sentido de aprender, e aprendemos, na verdade,  muito sobre este país, sobre a cultura. E mesmo assim, ainda há muito que aprender, mas na verdade conseguimos recolher muito conhecimento”, referiu.

Wanda Tucker disse ainda que se sentiram ligados aos seus ancestrais, com a oportunidade que tiveram de conhecer as suas famílias.

"Foi gratificante podermos voltar aqui e ver o país de origem dos nossos ancestrais, a nossa origem. Certamente, isso trás para nós uma nova e diferente identidade, porque há muitos afro-americanos que não têm esse privilegio”, realçou.

Para Caroline Cope, a sua alegria está no facto de ter conseguido aprender sobre  a história de António Agostinho Neto, sobre do Rio Kwanza, e sobre o lugar onde partiam os navios que transportavam os seus ancestrais e o trajecto que faziam.

"Conseguimos recolher uma certa porção de sal que vamos levar como simbolo de termos estado aqui”, contou.

O povo angolano foi considerado um povo muito caloroso e hospitaleiro.

"Nós gostamos muito de ter tido encontros e conversas com anciãos, no sentido de podermos aprender a história real, o que está a acontecer aqui. Tudo isso veio enriquecer a nossa história como afro-descendentes”, acrescentou Caroline Cope.