Governo
28 Novembro de 2021 | 14h11

ABERTURA DA BIENAL DE LUANDA

Exaltação da cultura de paz esteve patente

A exaltação da cultura de paz no continente africano e no mundo foi a tónica dos discursos das entidades convidadas a intervir na sessão de abertura da Bienal de Luanda, realizada este sábado, 27 de Novembro, em Luanda.

"Estamos aqui hoje (ontem) para fazer uma exaltação à paz nos nossos países, uma exaltação à paz em África e em todo mundo”, destacou a ministra de Estado para a Área Social, Carolina Cerqueira, que apresentou as boas-vindas aos participantes, na qualidade de coordenadora do evento.

De acordo com a governante, este evento promovido até ao dia 30 de Novembro pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), União Africana e Governo de Angola, assume-se como um palco privilegiado de reflexão e divulgação de obras artísticas, ideias e boas práticas relacionadas com a cultura da paz.

Carolina Cerqueira definiu a cultura de paz como um conjunto de valores, atitudes e comportamentos que refletem e inspiram a interacção social e a partilha com base nos princípios da liberdade, justiça e da democracia.

Com uma vasta agenda cultural e cívica, Carolina Cerqueira disse que a Bienal de Luanda pretende contribuir de forma decisiva para a promoção e o enraizar de uma cultura de paz no continente africano, de forma a inserir a África e o mundo, em geral, na dinâmica desta cultura.

"A paz é um bem precioso que se constrói através do diálogo, conhecimento, sabedoria e pelo respeito dos valores éticos e morais em que assentam as relações de convivência pacífica e de tranquilidade espiritual”, acrescentou.

No decorrer do evento, vai ser lançada a Aliança de Parceiros, que representa o espirito de solidariedade entre os Estados, na busca de soluções conjuntas para a promoção, construção e preservação da cultura de paz entre os povos.

Por sua vez, a representante da Comissão da União Africana, a angolana Josefa Sacó, destacou que esta organização africana sempre colocou a cultura da paz no lugar cimeiro das suas prioridades.

Aos Estados- membros da União Africana, solicitou a coordenação das suas políticas para reforçar a identidade cultural africana e os seus valores.

Josefa Sacó mostrou-se satisfeita pela decisão histórica do Governo francês e do Governo britânico de restituírem aos Estados africanos bens culturais que estes levaram durante o período colonial.

Às demais potencias coloniais apelou a devolverem igualmente todo o acervo cultural aos países de origem.

"África poderá de facto reencontrar-se com uma parte da sua memória cultural, que foi levada do continente, e isso poderá ajudar a constituir o seu futuro com confiança”, disse.

Para o director-geral adjunto da UNESCO, Xing QU, a cultura de paz está no amago da identidade da UNESCO e África consta das prioridade da organização internacional.  

A sessão de abertura da 2ª Edição do Fórum Pan-africano para a Cultura de Paz - Bienal de Luanda-2021 contou com a presença de cinco chefes de Estado, nomeadamente, João Lourenço (Angola), Marcelo Rebelo de Sousa (Portugal), Félix Tshisekedi (RDC), Denis Sassou Nguesso (Congo) e Carlos Vila Nova (São Tomé e Príncipe).